quinta-feira, 9 de abril de 2009

Gaivotas do rock

Ontem na varanda nocturna lá de um bairro, vislumbrei a união de dois pássaros conhecidos, estavam de poleiro a contemplar um recital de gaivotas desafinadas.
O pássaro da esquerda era de porte magro e alto com saliências naturalmente fálicas por debaixo do manto de penas negras que lhe cobriam o corpo, já o pássaro do lado oposto era mais pequeno e angelical de silhueta perfeita em molde dissimuladamente fatal.
De súbito se ergue uma asa que envolve um dos seres em grande estilo bajulador, o outro corresponde com firmeza e amor, ficaram-se por ali, de asas sobrepostas e penas entrelaçadas calmamente absorvendo o momento em esplendor, seus bicos encontraram-se e tocaram-se num gesto de química visceral e carnal, ele, o pássaro da esquerda chamava-se Antony, ela angelical da direita era alcunhada de Jo, estive um pouco à conversa com eles e lembrei-me dos cães, dos cães que não queriam ser cães e eram pássaros com0 nós.

3 comentários:

  1. coisa tão boa, ver-nos nas palavras de alguém. coisa tão boa ser notada entre o bando.

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  2. haha, "naturalmente fálicas"? havia uma gaivota malandra ali no meio, sem dúvida.

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  3. "era mais pequeno e angelical de silhueta perfeita em molde dissimuladamente fatal." mau.
    coisas falicas e dissimuladamente fatais.
    os meus amigos andam a causar boa impressao sem duvida..

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